Tendências e Previsões para o setor de Jornalismo

Rafael Petermann

Rafael Petermann

Avanços importantes aconteceram no jornalismo em 2016, entre eles podemos destacar: o Facebook Live, 360, Instant Articles o aumento da circulação digital em grandes jornais nacionais e a importância de um jornalismo confiável ficou muito mais relevante após a eleição de Donald Trump.

E agora, o que esperar para esse ano de 2017?

Fortalecer os princípios básicos do jornalismo, provar à audiência a veracidade dos fatos, preservar os conceitos de liberdade e democracia, estar próximo dos leitores, estar presente e antenado às plataformas digitais são algumas das recomendações para o setor jornalístico dadas por especialistas consultados pelo renomado Nieman Journalism Lab, de Harvard.

Abaixo listamos os principais prognósticos apontados pelo Nieman Lab e por Billy Aldea-Martinez, consultor de estratégia digital e monetização.

– Checagem dos fatos (fact checking):

A disseminação de falsas notícias na internet, principalmente nas redes sociais, é um problema enfrentado pelo usuário que consome conteúdo online e pelas empresas de comunicação. Por isso, jornalistas, estudiosos e recentemente o Facebook têm procurado ferramentas e guias com orientações para separar notícias falsas de verdadeiras. O Facebook comprou recentemente a Crowdtangle, uma plataforma que auxilia os editores a rastrear como seu conteúdo se espalha na web.

Os serviços de verificação de dados e a criação de novas plataformas públicas de checagem serão um dos focos principais desse ano para as empresas do setor. Resta agora saber como as redes sociais serão verificadas, se antes eram apenas instrumentos de distribuição de conteúdo, agora passaram a ser fontes que precisam ser investigadas e auditadas.

– Grupos de bate-papo para distribuição de notícias:

Com mais de 1 bilhão de usuários no WhatsApp, os jornalistas continuarão experimentando maneiras de usar aplicativos de bate-papo para conectar-se com o público, tanto para estar mais próximo do usuário recebendo informações quanto para distribuir conteúdo e incentivar o compartilhamento de matérias.

– Notificações push e botões de ação (call–to-action):

Notificações que incentivem mais pessoas a se cadastrarem e se registrarem em sites e aplicativos para receber conteúdos e mensagens personalizadas serão cada vez mais presentes no dia a dia do usuário.

O envio de notificações push no celular entregando o conteúdo que ele está interessado em ler é também mais uma estratégia de cortar obstáculos e entregar conteúdo relevante aos usuários.

– Podcast e vídeos:

Podcast e vídeos ao vivo são uma forte tendência para aumentar o alcance de conteúdo no ambiente digital, entrevistas, bate-papo, transmissões de eventos podem ser feitas através destas ferramentas assim como inserção de anúncios.

– Newsletters personalizadas:

A newsletter por e-mail é um produto essencial para jornais, marcas de mídia digital, plataformas e notícias locais pois é canal disponível para alcançar diretamente os usuários. Muitos preferem receber conteúdo por e-mail, porém a entrega precisa ser o que o usuário realmente está interessado em receber. Existem plataformas que fazem todo o mapeamento de consumo de conteúdo de uma newsletter sendo possível criar um relacionamento mais direto e personalizado com os leitores.

– Maior aproximação com público e transparência nas informações:

A tecnologia mudou a maneira de nos relacionarmos com as pessoas. O excesso de canais de comunicação e de redes sociais acabam afastando as pessoas de um relacionamento próximo e maduro. O envolvimento de leitores na criação de reportagens, o cuidado com a comunicação em questões delicadas como grandes tragédias, a empatia e o diálogo transformam a maneira de se relacionar. Não há problemas também em admitir o erro, assumindo uma postura mais transparente e verdadeira.

No que diz respeito às tecnologias, além da evolução daqueles que ganharam mais espaço em 2016 como o Facebook, os especialistas citam outras tendências, tais como: realidade virtual; inteligência artificial no cotidiano das redações e dos leitores e adaptação dos veículos digitais à constante mudança dos hábitos dos leitores.

Fontes: ANJ, Reuters e Billy Aldea-Martinez.

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